Essa é uma pergunta que nunca sai da minha cabeça e de diversos médicos e dentistas que já tive a oportunidade de conversar. Qual a real influência da internet na jornada de um paciente.
Afinal, nós sabemos que é inegável o quanto o digital impacta na vida das pessoas mas, e os pacientes em potencial?
Para responder isso, a empresa GlobalWebIndex, realizou uma pesquisa nos EUA e Reino Unido, analisando qual a real influência da internet na jornada do paciente.
Ao acessar o resultado dessa pesquisa, eu sabia que precisava criar uma publicação aqui, para compartilhar os dados e acima disso, para que este POST sirva de ponto de encontro para quem busca essa resposta.
Mas, enquanto isso não acontece, este estudo dará o norte para a tomada de decisão do seu posicionamento e do seu conteúdo também.
Devo alertar também que, a grande maioria das pessoas ficará surpresa com o resultado da pesquisa. Dito isso, vamos ao que interessa.
33% das pessoas que possuem acesso a Internet, fazem pesquisas sobre sua saúde, saúde dos familiares, medicamentos, produtos e tratamentos.
Essa atividade aparece na frente de uso da internet para jogos ou redes de contato profissional.
Quando olhamos para o recorte demográfico, observa-se que essa atividade é intergeracional.
Os baby boomers, pessoas nascidas entre 50 e 70, são os que se destacam nesse grupo.
Aqui, faço um primeiro parênteses para questionar você sobre alguns pontos:
- Você tinha conhecimento deste dado?
- Qual idade média do seu paciente?
- Qual esforço você tem feito para produzir conteúdo que seja pensado para a jornada do paciente, de informações básicas até informações mais avançadas sobre seu trabalho, sua solução e os procedimentos que você realiza.
Seguindo…
Eu costumo ver, com uma certa frequência, alguns médicos e dentistas que querem brigar e se posicionarem contra o temido “Dr. Google”.
Acreditam que o buscador é inimigo e que acaba atrapalhando ao invés de ajudar.
Mas, por que?
O que eu conclui é que, pelo fato do Google ter milhares de opções para a busca de uma pessoa, a chance de alguém consumir um conteúdo informacional e relevante, feito por um especialista, é a mesma de consumir um conteúdo com informações incorretas, que atrapalhe a jornada deste paciente.
Mas, como dizem por aí:
Não culpe o jogo, culpe o jogador!
autor anônimo
O Google é um serviço de busca, ele tem sim milhares de mecanismos para julgar um conteúdo relevante ou não, para poder exibi-lo ou não na primeira página.
Mas, nem tudo é perfeito e então, ao invés de acreditar que o Google está errado, foque sua energia em produzir algo de qualidade, que permita que a pessoa encontre a informação que ela precisa.
O problema em fazer isso, é que muitos baixam resultado imediato, se esquecem que isso é praticamente impossível.
Diariamente, eu escuto muitos profissionais falando;
"Tal rede morreu, agora é o Instagram que manda".
Se você já participou de algum curso, treinamento ou consultoria minha, sabe que sou crítico com este comentário e que sempre defendo o uso de múltiplas redes.
Nada, absolutamente nada substitui o trabalho bem feito, vontade de fazer e dedicação naquilo que faz.
O Google, não substitui uma consulta. Uma rede social, não substitui a prática da medicina ou da odontologia como ela deve ser na sua essência.
Tanto é que, na pesquisa da GlobalWebIndex, as pessoas valorizam cada vez mais a consulta com especialistas e além disso, dois fatores se destacaram como decisores na jornada do paciente.
- Recomendações dos profissionais de saúde
- Familiaridade com marcas
Ambos figuram o topo dos itens de maior relevância no momento de decisão de compra de algum determinado produto de saúde ou serviço.
Alguma novidade nisso?
Mas, 3 em casa 10 pessoas relatam que, informações e recomendações online são fatores igualmente importantes na decisão.
Este número aumentou 31% desde 2017!
Em resumo, as pessoas querem ler e se informar sobre algo e para isso, a opinião de “pessoas reais”, auxilia muito!
A internet se tornou um espaço para pesquisa e educação de saúde.
As mídias sociais permitiram que isso acontecesse em um ritmo mais acelerado.

Em 2019, no evento anual do Facebook, o F8, o CEO, Mark Zuckerberg disse duas frases que estão direcionando as atualizações do posicionamento das redes Facebook e Instagram.
“O futuro é privado. Nós queremos que o Facebook seja como a sala de estar da sua casa. Nós sabemos que hoje, somos como uma praça ou um parque, e que o que você conversa na sala da sua casa não é o mesmo que você conversa em uma praça”.
“Nós queremos que o Instagram seja um ponto de encontro entre marcas e pessoas, para que ambas possam dialogar em conjunto sobre temas que possuem afinidade, como uma grande comunidade”.
Olha só, se analisarmos os dados da pesquisa, vamos perceber que o posicionamento das redes está diretamente ligado ao uso que as pessoas fazem das plataformas, em especial, quando o assunto é sobre saúde.
Agora caro amigo e amiga que está lendo este post de blog, chegamos no momento que você vai se espantar.
As mídias sociais têm sido a principal plataforma para pesquisa e debate sobre saúde, estima-se que 1 em cada 4 pessoas já pesquisou algo sobre saúde ou pesquisa ativamente.
O Facebook aparece no topo da lista de plataforma utilizada para este tipo de pesquisa.
A plataforma é vista como fonte confiável de informações para este tipo de busca.
Em outra pesquisa recente, feita pelo próprio Facebook, a rede descobriu que muitas pessoas não conseguem distinguir com clareza um conteúdo de algum blog, de uma publicação de alguma página ou alguma notícia de algum portal.
As pessoas relatam que acessam a rede para se informar e se entreter.
(Nessa hora, se você estivesse me vendo, perceberia um sorriso e uma cara de quem quer dizer: Eu avisei, eu sabia).
Ao contrário do que muitos pensam, o Facebook não está morrendo, a rede simplesmente não para de crescer e expandir sua penetração na internet.
Claro que devemos entender algo muito importante;
Existem profissionais que vão ter resultados muito melhores no Instagram, outros no YouTube, outros no Google e assim por diante.
O grande ponto aqui é dizer que uma rede não exclui a outra. Não caia na armadilha de achismos.
Nada pode ser melhor que seu próprio teste para validar um canal de contato.
Voltando…
Outra rede que se destacou muito na pesquisa, quando olhamos para o uso da rede como fonte de informação, é o YouTube.
Mas, ao contrário do Facebook, ela liderou mais entre os jovens, em especial da geração Z.
Nenhuma novidade aqui também.
Sabemos que vídeo é extremamente importante para posicionamento e aquisição de pacientes. Principalmente entre os mais jovens.
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O YouTube é o segundo maior buscador do mundo. Ficando atrás apenas da rede mãe, Google.
Usuários do YouTube, estão mais propensos a assistirem vídeos mais longos e em sequência.
Afinal, se você está no YouTube, é para ver vídeos. Não há outro motivo.

Pesquisar mas não interagir. Entendendo melhor a jornada do paciente.
Outro ponto bem interessante que está pesquisa apurou é que as pessoas estão pesquisando muito e interagindo pouco.
São ativos na pesquisa e passivos na interação. Em especial com profissionais da saúde.
Parte disso, acredito que deve-se ao fato de que historicamente nunca foi fácil se conectar e interagir com especialistas, portanto, as pessoas se sentem mais distantes e acabam apenas acompanhando de longe.
Pode ser que não seja isso, pode ser outros motivos mas, a maior parte das pessoas ainda tem receio de conversar e interagir com médicos e dentistas nas mídias sociais.
Isso é uma grande oportunidade.
Se as pessoas possuem este pensamento, aqueles profissionais que quebrarem essa regra, se colocarem a disposição da interação, da seguinte forma;
Respondendo todos, interagindo, chamando para perguntas. Usando as mídias sociais como plataforma de conexão genuína com pacientes em potencial.
Esses profissionais terão um destaque maior. Serão vistos como amigos e formadores de opinião.
Isso impactará diretamente no resultado obtido a partir das mídias sociais.
Portanto, se isso for algo que você considera será confortável para você, interaja com as pessoas, responda suas perguntas, seja provedor de informações relevantes.
Você estudou anos e anos para chegar onde está, ao longo da sua jornada você aprendeu muitas coisas que podem fazer a diferença para milhares de pessoas.
Compartilhe seu conhecimento. Empoderar seus seguidores, isso fará com que as pessoas confiem em você e te vejam como referência.
O resultado é o aumento da visibilidade do seu nome, mais pessoas interagindo com você e consequentemente mais pacientes.
Leve essa mensagem para um colega!
Aprender sobre a jornada do paciente é algo de extrema importância e você deve se dedicar para produzir conteúdo de qualidade para isso.
Essa pesquisa detém dados muito ricos e que podem ajudar outros colegas.
Divulgue este POST, vamos transformar vidas juntos. Conto com você.
Obrigado e até a próxima.